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Assassino confesso de Alanis vai a julgamento dia 25 de agosto

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13.07 fortaleza
Antônio Carlos dos Santos Xavier tomou ciência da sentença de pronúncia, ontem, no processo por rapto, estupro, assassinato e ocultação do corpo. As penas somadas podem chegar a 47 anos
Nicolau Araújo
Quase oito meses após o estupro e morte da menina Alanis Maria Laurindo Oliveira, 5, o assassino confesso Antônio Carlos dos Santos Xavier, o Casim, 31, irá a júri popular no dia 25 de agosto, sob acusação de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e surpresa), rapto e estupro de vulnerável e ocultação do corpo.
O acusado tomou ciência da sentença de pronúncia, ontem, na 2ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, no Fórum Clóvis Beviláqua. Caso seja condenado, as penas somadas poderão chegar a 47 anos de prisão, que garantem um cumprimento de 30 anos em regime fechado (tempo máximo de permanência de detenção no Brasil), mesmo que o acusado cumpra dois terços da pena, mínimo exigido em crime hediondo (que provocou repulsa na sociedade).
A promotora de Justiça Alice Iracema Melo Aragão, o assistente de acusação Marcelo Sobral (ambos na acusação do caso) e o defensor João Irton Veloso Frota (na defesa do acusado) serão intimados até a próxima sexta-feira para apresentarem as testemunhas que irão depor. O julgamento será presidido pelo titular da 2ª Vara do Júri, juiz Henrique Jorge Holanda Silveira.
O crime
A menina Alanis Laurindo foi levada da porta de uma igreja no Conjunto Ceará, no dia 7 de janeiro último, por um homem que passava na hora da missa – os pais dela acompanhavam a cerimônia. De acordo com o depoimento do próprio Casim, ele atraiu a menina com pipoca.
Casim foi preso no Terminal do Siqueira, cinco dias após o crime – ele foi reconhecido por uma mulher que ele. Os guardas municipais de plantão no local foram alertados pela mulher e efetuaram a prisão.
De acordo com a Polícia, o assassino confesso havia sido preso há nove anos pelo estupro de uma outra menina, no bairro Autran Nunes. Casim era foragido da Colônia Agro-Pastoril do Amanari, em Maranguape, Região Metropolitana, desde 2008, onde cumpria pena em regime semiaberto.