Confraternização no Fórum reúne famílias de apenados em liberdade condicional
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- 13-12-2012
Cerca de 70 apenados em liberdade condicional participaram, com seus familiares, do evento “Justiça e Natal, um despertar social”, realizado no 1º Salão do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, nessa quarta-feira (12/12). O momento de confraternização foi promovido pelas Varas de Execução Penal e de Penas Alternativas, Ministério Público e Defensoria Pública.
Durante toda a tarde, as famílias assistiram a palestras e apresentações musicais, participaram de sorteios e receberam mensagens natalinas. A juíza Luciana Teixeira de Souza, da 2ª Vara de Execução Penal, ressaltou que o objetivo foi proporcionar um momento de acolhimento e mostrar que a Justiça se preocupa não apenas em punir, mas, principalmente, em recuperar.
Ela destacou que esse momento marca o início do projeto “Um novo tempo”, que pretende aprimorar o acompanhamento dos apenados que estão em liberdade condicional, por meio de atividades desenvolvidas por uma assistente social. “Queremos que, ao terminarem de cumprir a pena, possam estar de cabeça erguida e prontos para começar uma nova história”.
O egresso Raimundo Erivaldo Sousa e a esposa, Celma da Silva Sousa, compareceram ao evento, junto com a filha de oito meses. Após mais de 13 anos de prisão, ele recebeu, em 2007, o benefício da liberdade condicional e, desde então, está conseguindo reconstruir a vida. “Os planos que eu tinha para a vida aqui fora eram construir uma família e trabalhar, e tudo isso eu já consegui”, afirmou. Ele elogiou o evento “porque valoriza e melhora o convívio da família”.
O ex-coordenador do Sistema Penitenciário, Bento Laurindo, foi homenageado por sua dedicação à Execução Penal e à Defensoria Pública, e “pelo notável senso de cidadania e Justiça”.
Também participaram do evento o juiz Cézar Belmino Barbosa Evangelista, da 3ª Vara de Execução Penal, a juíza Maria das Graças Almeida de Quental, da Vara de Penas Alternativas, a juíza Marlúcia de Araújo Bezerra, da 17ª Vara Criminal, e as defensoras públicas Aline Miranda e Marta Gadelha.
A psicóloga Ana Almeida, do Instituto da Infância (Ifan), ministrou palestra sobre a importância da família para a recuperação dos reeducandos. Um grupo formado por crianças ligadas ao projeto Sol Maior, da Comunidade do Trilho, executou músicas natalinas.