O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) iniciou, nesta segunda-feira (10/09), o Seminário de Integração de Estagiários para preparar jovens aprendizes que atuarão no Poder Judiciário. A iniciativa é da Secretaria Especial de Planejamento e Gestão (Seplag) e Secretaria de Gestão de Pessoas do Tribunal.

Os estudantes, do Ensino Médio de escolas públicas, fazem parte do projeto Primeiro Passo, da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado (STDS), que insere jovens no mercado de trabalho. Ao todo, 20 foram selecionados e serão treinados até a próxima quarta-feira (12/09). Logo em seguida, começarão a exercer as funções no TJCE e no Fórum Clóvis Beviláqua. A carga horária do estágio será de 4 horas por dia, durante um ano.

Os aprendizes foram recepcionados pelo desembargador Carlos Alberto Mendes Forte, supervisor da Comissão de Responsabilidade Socioambiental do Judiciário cearense. O magistrado ressaltou a importância do intercâmbio como uma função social. “A maior contribuição é a inserção. Aprendam ao máximo e façam dessa chance um observatório para a vida de vocês”, aconselhou.

A secretária de Gestão de Pessoas, Adriana Islaia, está otimista em relação aos benefícios da nova modalidade de estágio para o Tribunal e para os alunos. Antes, somente universitários estagiavam nas unidades da Justiça estadual. “Eles são jovens, têm brilho no olhar, e vão trazer novas experiências. Isso sempre contribui para a gente”.

O conteúdo do Seminário inclui ética nas relações pessoais e profissionais, emoções no trabalho, qualidade no atendimento e informações sobre os benefícios proporcionados pelo estágio. Os jovens receberão bolsa mensal e terão direito a férias e vale transporte.

De acordo com a idealizadora da iniciativa, Clara Leonor Távora, diretora do Departamento de Otimização Organizacional da Seplag do TJCE, serão trabalhadas habilidades e afinidades. “O objetivo é traçar perfis e encaminhar cada um para as áreas com as quais mais se identificam, mostrando a importância de eles estarem atuando no setor público”.

Concluída a preparação, os aprendizes estarão mais preparados para cumprir as atividades, que vão desde atender ligações telefônicas e acessar a internet até elaborar planilhas e relatórios.

Entre os futuros estagiários, a expectativa é grande pela nova oportunidade. Maria das Dores, de 17 anos, sabe que tem muito a aprender e quer ser multiplicadora das informações. “Vejo ao meu redor muita injustiça e quero distribuir meu conhecimento para ajudar outras pessoas”.

Larissa Ferreira, de 16 anos, está ansiosa para começar e aposta em seu potencial. “Sou comunicativa, curiosa, gosto de perguntar e acho que isso vai ajudar”.